terça-feira, 13 de agosto de 2013

A família: marido, mulher e filhos


Amigos,

Nesta Semana da Família, resolvi escrever algo sobre este assunto, tão deturpado nos dias de hoje. No último sábado (dia 10/08), escrevi um texto sobre a “Fecundação: Início da Vida Humana”, que pode ser considerado também como um início das reflexões sobre a família e a vida.

Impressionante como o pecado, o relativismo moral, tenta obscurecer uma verdade tão clara como aquela da família ser constituída por marido, mulher e filhos. Não é necessário ser dotado de um conhecimento ultra-especializado, que somente alguns possuem, devido a grandes estudos, para saber disso. Não: cada ser humano, em sã consciência, é capaz de saber que uma família é formada a partir de um homem e uma mulher; que – a menos de alguma impossibilidade do ponto de vista biológico, seja devido a idade ou saúde –, geram filhos, como frutos de seu amor.

Mas o relativismo moral leva à distorção das verdades mais óbvias, para satisfazer a maus objetivos. Como vimos no texto anterior deste blog, alguns resolvem achar, arbitrariamente, que zigoto ou embrião humano nos primeiros dias após a fecundação, não constituem vida humana; resolvem e pronto! Como se fossem os donos da verdade, e pudessem decidir, conforme suas conveniências, o que é a verdade para eles.

Aqui, em relação à família, trata-se do mesmo desvio moral: alguns resolvem achar que uma família não inicia necessariamente a partir de um homem e uma mulher, e pronto! A verdade “é decidida” por cada um, a seu bel-prazer, para satisfazer a seus maus interesses. Mas, de todos os pontos de vista a partir dos quais se queira abordar a família, esta nasce da união entre um homem e uma mulher.

Iniciemos do ponto de vista puramente biológico. É óbvio notar que, apenas um homem e uma mulher podem reproduzir e gerar vida humana. A natureza funciona assim; não é questão de ponto de vista. Uma nova vida humana só pode ser gerada a partir da união entre um espermatozoide e um óvulo humanos: cada um contribui com metade dos cromossomos que definem um ser humano. Uma vida humana não inicia pela junção de dois espermatozoides ou de dois óvulos; mas de um espermatozoide – que é produzido pelo homem –, e de um óvulo – produzido pela mulher.

Ainda do ponto de vista biológico, basta uma simples observação das diferenças entre o os corpos masculino e feminino, para perceber claramente que os órgãos sexuais masculinos e femininos são diferentes; os órgãos sexuais masculinos SOMENTE cumprem as suas funções de órgãos reprodutores, nos órgãos sexuais femininos: foram feitos um para o outro. Nenhum dos órgãos sexuais, masculino ou feminino, consegue cumprir sua função de órgão reprodutor humano, se não for com o do sexo oposto; os órgãos sexuais masculinos não cumprem este papel em nenhuma outra parte do corpo da mulher, nem os órgãos sexuais desta, em nenhuma outra parte do corpo do homem; muito menos ainda genitais masculinos em outro corpo masculino, ou genitais femininos em outro corpo feminino. Aqui, mais uma vez fica claro que homem e mulher são complementares, e que uma família somente pode ter início a partir da união entre um homem e uma mulher.

Todos nós sabemos também das diferenças de comportamento entre os homens e as mulheres – e que, neste aspecto, também, se complementam mutuamente. Estas diferenças, antes de servirem a uma espécie competição ou rixa sem nexo, enriquecem mutuamente o homem e a mulher. Que bom que homens e mulheres têm modos diferentes de pensar e de se comportar diante das diversas situações que a vida lhes apresenta! Que bom que ambos têm pontos de vista diferentes, se um reage de forma mais racional, e outro de forma mais intuitiva, por exemplo. Tudo isso é uma riqueza para ambos! Neste ponto, ambos se ajudam. Lembram da narrativa do Gênesis? Vejamos:

Disse o Senhor Deus: ‘Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma ajuda adequada’.” (Gn 2,18).

É isto! Ajuda adequada. Deus criou o homem e a mulher, cada um de um jeito diferente:

“(...) homem e mulher os criou.” (Gn 2,5).

Porém, ambos são constituídos à imagem e semelhança de Deus:

“Então Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança’(...). Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.”

São verdades de fé que dizem respeito a nós, à forma como Deus nos criou. Ele é onisciente. Quem se acharia melhor conhecedor do que Deus, para resolver achar agora, como prega a ideologia de gênero, que as pessoas não nasceriam com o sexo definido, mas escolheriam “livremente” ser homem ou mulher, ao longo de suas vidas? Que loucura é essa? Essa ideologia atenta contra a inteligência humana, querendo fazer crer que cada um escolhe o que quer ser: homem ou mulher. Será que essas ideologias e esse relativismo moral chegam ao ponto de obscurecer de tal forma a inteligência humana, que alguém realmente acredite nisso...?

Os argumentos de fé são importantes, sem dúvida. Mas se falarmos apenas do ponto de vista racional, também somos capazes de enxergar o óbvio, a realidade que está diante de nós: ou se nasce homem, ou se nasce mulher.


Ainda, do ponto de vista da fé, a passagem de Gênesis 2,5, citada anteriormente, mostra isto claramente: Deus cria homens e mulheres, e não seres assexuados que definem, à sua escolha, qual sexo querem ter...


Não há escolha, não há ideologia que mude isso. Nada pode contra todas estas verdades, tanto as biológicas, quanto as relacionadas ao comportamento humano, ou quanto à Revelação Divina.

Amigos, afastemos de nós também esse grande mal, de ideologias que atentam até mesmo contra a nossa inteligência mais elementar!

Até a próxima!


(Modificado em 09/10/2017).
 

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